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Vitamina D é importante para a saúde feminina

A vitamina D é uma espécie de hormônio que, entre outras funções no corpo, atua na conservação do sistema imunológico, auxilia na absorção de cálcio, tem papel importante no equilíbrio do açúcar no sangue e contribui para o metabolismo de gordura e liberação do hormônio regulador de apetite. Quando absorvida na dose certa, previne doenças neurológicas, cardiovasculares, óssea e ainda está associada à redução dos sintomas de transtorno de humor e depressão. Essencial para o bom funcionamento e equilíbrio do nosso corpo, é imprescindível que esteja presente nas diversas fases da vida. O médico Marcelo de Paula reafirma sobre a importância da ação desse hormônio em cada período da vida, principalmente, na saúde feminina. 

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Infância: a vitamina D nos primeiros anos de vida

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Nesta fase da vida as necessidades de vitamina D são muito parecidas em meninos e meninas. Há um estágio crítico durante a fase de maior crescimento (até os 3 anos), na qual as necessidades de vitamina D são maiores. Nesse momento, a sua deficiência pode levar ao raquitismo — doença que provoca graves deformidades ósseas pela falta de cálcio.

Adolescência a vida adulta: vitamina D em fases de intensas mudanças

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Da mesma forma que na infância, na adolescência há um período de crescimento acelerado, o estirão. Nessa fase da vida a deficiência é mais rara, pois o adolescente se expõe mais ao sol. Contudo, com a maior urbanização, menos tempo ao ar livre e a utilização correta  de  protetores solares, o risco da deficiência vem aumentando. Essa deficiência afeta o metabolismo ósseo e pode contribuir para estados de sub-fertilidade, Síndrome dos Ovários Policísticos e endometriose. Além disso, os níveis baixos de vitamina D pioram os resultados da fertilização in vitro.

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Gestação: a vitamina D presente no período de transformação da mulher em mãe

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Uma metanálise, publicada na revista médica British Medical Journal, em março 2013, demonstrou que quando os níveis de vitamina D na gestante estão abaixo do normal, existe maior risco de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, baixo peso fetal, vaginose bacteriana, complicações de parto com necessidade de cesariana, aumento do risco de doenças autoimunes como a esclerose múltipla, diabetes juvenil, autismo e doenças psiquiátricas (esquizofrenia na adolescência).

Menopausa: a importância da vitamina D no período de maior cuidado na vida da mulher

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A Vitamina D tem papel fundamental na manutenção dos níveis normais de cálcio e fósforo no sangue. Esses níveis normais são fundamentais para a correta mineralização óssea, contração muscular, condução dos impulsos nervosos e o funcionamento normal das células como um todo. Essas alterações podem ser bastante significativas para a mulher. De acordo com o especialista, a baixa quantidade deste mineral nos ossos causa sua fragilidade, a osteoporose. Mais comuns nas mulheres do que nos homens, a doença afeta mais de 200 milhões de mulheres no mundo — cerca de 1/3 entre 60 e 70 anos e 2/3 acima de 80 anos. A reposição de vitamina D em idosos melhora o tônus muscular, reduz a incidência de queda e de fraturas.

“O Brasil, embora ensolarado, apresenta alta incidência de hipovitaminose D. A proteção solar com FPS baixo, como 15, diminui a síntese de vitamina D3 em 99% e a recomendação médica é justamente essa: que o sol não seja a prioridade na absorção da vitamina D pelos diversos danos que pode causar à nossa saúde. Hoje no mercado existem outras formas de equilibrar os níveis inadequados de vitamina D no organismo. Estima-se que aproximadamente 80% da população do meio urbano estejam com os níveis abaixo do esperado, suscetíveis a doenças como diabetes, aterosclerose, infecções respiratórias, problemas gástricos e até mesmo alguns tipos de câncer. Para saber se você precisa de algum tipo de suplementação, procure seu médico. Um simples exame de sangue pode demonstrar se os níveis desta vitamina no seu corpo estão adequados”, explica o médico.

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Referências consultadas:

 1. Camargo MB, et al. Bone mineral density and osteoporosis among predominantly Caucasian elderly population in the city of São Paulo, Brazil. Osteoporos Int 2005;16(11):1451-1460

 2. Shahrokhi SZ, Ghaffari F, Kazerouni F. Role of vitamin D in female reproduction. Clin Chim Acta. 2016;455:33-8.

 3. World Health Organization, Food and Agricultural Organization of the United Nations.  Vitamin and mineral requirements in human nutrition. 2ed. 1998. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/42716/1/9241546123.pdf?ua=1. Acesso em 02 de março de 2017.

 4, Aghajafari F, et al. Association between maternal serum 25-hydroxyvitamin D level and pregnancy and neonatal outcomes: systematic review and meta-analysis of observational studies. BMJ. 2013;346:f1169.5. Holick MF. Photobiology of vitamin D. In: Feldman D, Glorieux FH, Pike JW. (eds) Vitamin D. Academic Press: San Diego. 1997; pp 33–39.

5. Holick M et al.Evaluation, treatment, and prevention of vitamin D deficiency: an Endocrine Society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2011;96(7):1911-1930.

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6. Maeda SS, et al. Recomendações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) para o diagnóstico e tratamento da hipovitaminose D. Arq Bras Endocrinol Metab 2014;58(5):421-43.

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