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Psicóloga orienta sobre as principais causas e sintomas da depressão pós-parto

Simone Ferreira da Silva Domingues, Coordenadora do Curso de Psicologia da Universidade Cruzeiro do Sul, destaca a importância do acompanhamento profissional e apoio familiar diante da gestação

A gestação é um momento muito especial para papais e mamães. Entretanto, após o nascimento de um bebê, muitas mulheres sentem uma tristeza profunda, e esse sentimento é conhecido como depressão pós-parto.  De acordo com a OMS, cerca de 10% das mulheres grávidas e 13% das puérperas apresentam um transtorno mental, e a depressão pós-parto pode atingir de 10 a 20% das puérperas.

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Segundo a psicóloga Simone Ferreira da Silva Domingues, coordenadora do curso de Psicologia da Universidade Cruzeiro do Sul, instituição que integra a Cruzeiro do Sul Educacional, a depressão pós-parto pode ocorrer devido as alterações hormonais e inseguranças geradas frente à maternidade e as novas demandas.

“As oscilações de humor podem ter relação também com as dificuldades para dormir e se alimentar, além do cansaço com os cuidados com o bebê.  A depressão pode ocorrer durante um período de até dois anos após o nascimento do bebê e os principais sintomas são: choro sem motivo aparente, irritabilidade, tristeza, medo de cuidar do bebe, dificuldades para realizar atividades rotineiras, alterações alimentares e de sono, sentimentos de desamparo e desesperança”, explica a psicóloga.

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Para a especialista, quando a mãe retorna para casa com o bebê, é muito importante que ela tenha a companhia de uma pessoa que possa dar suporte principalmente nos primeiros dias.  “Nesse período é fundamental que familiares se atentem a qualquer mudança de comportamento por parte da mãe, principalmente de irritabilidade ou tristeza, eles servem de um sinal de alerta de que a puérpera está precisando de ajuda.  Demonstrar disponibilidade e compreensão, pode auxiliar na diminuição da ansiedade e ajudar a mãe a lidar com os sentimentos que surgirem”, ressalta Simone.

Outra sugestão da psicóloga e docente da Universidade Cruzeiro do Sul, é a realização de psicoterapia durante a gestação, buscando trabalhar as emoções e os medos ligados à maternidade.

“Vale destacar que algumas mulheres com histórico de depressão ou que possuem membros na família com depressão, podem ser mais suscetíveis.  Também mulheres com características psicológicas de perfeccionismo materno e fatores sociodemograficos, como violência doméstica, dificuldades financeiras, gravidez não planejada também podem ser desencadeadores.

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Simone ainda reforça sobre a diferença da depressão pós-parto e o baby blues. “Baby blues são sentimentos que acometem a maioria das puérperas e duram em média 3 semanas após o parto. Já a depressão pós-parto são sentimentos mais intensos e duradouros. Precisando de intervenção psicológica ou em casos mais graves de intervenção psiquiátrica/medicamentosa”.

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Por fim, a psicóloga relata ainda que a pandemia é um agravante diante desse contexto. “O que antes da pandemia já era um momento que as mamães necessitavam de atenção e apoio, agora com a pandemia esses sentimentos podem aumentar devido o distanciamento social, fator que impede a aproximação e o auxílio nas tarefas diárias. Depressão pós-parto é um tema sério que merece cuidado e atenção da sociedade, principalmente nesse momento que estamos vivendo diante de uma pandemia”, conclui.

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