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Malformações neurológicas no nascimento

malformações neurológicas no nascimento

Durante toda a gestação, além da preparação psicológica da mulher, é fundamental pensar na  saúde do bebê. Durante esse período, todos os anticorpos da mãe são passados para o bebê e, após o nascimento, são transferidos através da amamentação. Um dos cuidados imprescindíveis é que a mãe esteja com as vacinas em dia, para que a proteção seja repassada a criança.

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Segundo o Ministério da Saúde, em 2017 houve uma grande queda no número de vacinações em mulheres grávidas. Segundo a neurocirurgiã Danielle de Lara (Blumenau/SC) isso pode ter acontecido devido ao receio que algumas mães têm em relação à vacinação durante a gravidez. Neste caso, o médico vai indicar sobre quais vacinas são recomendadas durante a gestação. A especialista alerta para o risco da gestante não tomar as vacinas necessárias, o que pode acarretar problemas neurológicos ao bebê.

Uma das doenças mais comuns em mulheres grávidas não vacinadas é a rubéola. E, em mulheres grávidas no geral, desde 2015 o Zika Vírus também se tornou uma preocupação. Ambos causam doenças neurológicas e malformações nos bebês. Segundo Danielle, existem certos cuidados que as gestantes devem tomar durante a gestação. “Nesta fase, as mães e bebês ficam mais propensos a doenças que podem ser evitadas aderindo à vacinação e efetuando alguns procedimentos preventivos”, afirma.

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No caso da rubéola, somente a vacinação poderá proteger a mãe e o bebê e no caso do Zika, a prevenção pode ser feita com uso de repelentes, telas de proteção e cuidados com água parada. Segundo o Ministério da Saúde, em 2018, até abril, foram registrados 2.985 casos prováveis de Zika. “A maioria dessas doenças é prevenível, desde que as mães recebam as vacinas e orientações necessárias”, afirma a neurocirurgiã.

Além disso, outras maneiras de prevenir as malformações dos bebês, de acordo com a especialista, são medidas simples como tomar ácido fólico desde antes de engravidar, ou assim que descobrir que está grávida, e até o fim do primeiro trimestre; não usar remédios sem a orientação do médico; não fumar ou beber álcool.

 

Saiba mais sobre algumas doenças que podem ser prevenidas:

Rubéola:

Durante a gestação, não se recomenda que a mãe tome a vacina contra a rubéola, pois, a mesma pode causar infecção no bebê. A prevenção deve ser feita antes da mãe engravidar, o mais indicado é para todas as mulheres em idade fértil. Se contraída, a doença se torna um grande risco para o bebê, sendo inevitável alguma sequela. Os principais efeitos da doença são cegueira, malformações cardíacas, surdez, microcefalia e retardo mental. A prevenção é a vacinação.

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Zika Vírus:

Desde 2015 observamos um surto de microcefalia em bebês recém-nascidos. Após diversas pesquisas, foi constatado que a doença se dava pela picada do mosquito Aedes aegypti. O vírus também é transmitido por relações sexuais, contato sanguíneo, leite materno e pelo líquido amniótico, causando então, a microcefalia em bebês.

A única prevenção é o cuidado. Utilizar repelentes, evitar locais afastados, como fazendas e utilizar telas nas janelas para evitar a entrada do mosquito. A melhor forma sempre é a prevenção e a informação.

Mielomeningocele:

É o tipo mais grave de espinha bífida, uma malformação, onde os ossos da coluna vertebral do bebê não se desenvolvem de maneira adequada durante a gravidez, o que causa o surgimento de uma bolsa nas costas do bebê que contém a medula, nervos e líquido cefalorraquidiano.

O aparecimento desta bolsa faz com que a criança perca a sensibilidade e função dos membros inferiores. Esta doença não tem cura, porém é possível através de cirurgia reverter, estabilizar e, em alguns casos, tratar as possíveis sequelas causadas pela malformação.

A mielomeningocele é a segunda maior causa de deficiência motora infantil, ela afeta 1 em cada 1000 nascidos e é o defeito neural mais comum, segundo o Ministério da Saúde. Uma das maneiras de prevenir o problema é o planejamento da gestação, através do uso do ácido fólico antes da concepção do bebê.

Sobre Danielle de Lara

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Médica Neurocirurgiã em atividade na cidade de Blumenau (SC). Atua principalmente na área de cirurgia endoscópica endonasal e cirurgia de hipófise. Dois anos de Research Fellowship no departamento de “Minimally Invasive Skull Base Surgery” em “The Ohio State University Medical Center”, Ohio, EUA. Graduada em Medicina pela Universidade Regional de Blumenau. Possui formação em Neurocirurgia pelo serviço de Cirurgia Neurológica do Hospital Santa Isabel.

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