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Gestação e saúde cardiovascular: o que é necessário que futuras mães e gestantes façam para cuidar do coração

Cardiologista Georgia Gamba de Oliveira orienta sobre acompanhamento e prevenção de cardiopatias e hipertensão nessa fase e reforça importância da prevenção

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A gestação é um período intenso, de muitas mudanças físicas e preparação emocional. O planejamento é fundamental para que este momento seja aproveitado ao máximo e isso inclui a saúde. Além das consultas periódicas ao ginecologista e a realização do pré-natal, a saúde cardiovascular também é um ponto de atenção e deve ser monitorada antes, durante e depois da gravidez.

A cardiologista da Cardioprime, em Blumenau (SC), Georgia Gamba de Oliveira explica que, mesmo para mulheres que não apresentam nenhum sintoma ou diagnóstico anterior, a avaliação cardiovascular ao planejar ou iniciar a gravidez é fundamental. “As mudanças físicas que a gestação traz não são apenas aquelas visíveis. Por exemplo: o volume de sangue que circula no corpo aumenta cerca de dois litros e o coração precisa de um esforço de 30 a 50% maior. Além disso, há um aumento de 0,2 a 0,4°C na temperatura do corpo”, explica. “Isso tende a agravar doenças silenciosas ainda não descobertas”, acrescenta.

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No caso de uma hipertensão ou doença pré-existente, por exemplo, o acompanhamento anterior à gestação se torna ainda mais importante já que parte dos tratamentos medicamentosos tem contraindicações para grávidas.

Hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia 

Estudos mostram que cerca de 10% das gestantes desenvolvem a Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG). Mas o aumento da pressão arterial neste período pode não ser uma condição exclusivamente dependente da mãe. Há casos em que a hipertensão é causada pela liberação de proteínas na corrente sanguínea materna por parte do feto. Isso acontece porque, como tem a carga genética também do pai, o bebê pode ser interpretado pelo organismo da mãe como um corpo estranho. Essa liberação de proteínas é a resposta imunológica que ele dá a essa percepção. Essa proteína causa aumento da pressão arterial da mãe. Neste caso, acontece a chamada de pré-eclâmpsia.

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“Ela geralmente acontece a partir da 20ª semana de gestão, no terceiro trimestre. Por isso, é importante manter as consultas periódicas para que a aferição de pressão seja realizada”, comenta. Os fatores de risco são obesidade, diabetes, lúpus, gestão gemelar ou histórico de hipertensão na família.

Com o tratamento correto, a pré-eclâmpsia pode ser controlada e não evoluir para a eclampsia, que é o agravamento do quadro e coloca em risco a vida da mãe e do bebê. Na América Latina, 26% dos óbitos registrados de gestantes são resultado da hipertensão ou da eclâmpsia.

Prevenção

Assim como para boa parte das doenças cardiovasculares não congênitas, a melhor prevenção para evitar a hipertensão na gravidez é a manutenção de hábitos saudáveis por toda a vida e também durante a gestação: alimentação equilibrada, atividades físicas regulares e controle do estresse. A ingestão de bebidas alcoólicas e o tabagismo devem ser evitados ao máximo neste período.
Georgia destaca que a gravidez é um período muito especial e, com o acompanhamento e as orientações dos médicos, é possível torna-lo mais leve mesmo que que alguma questão cardiovascular seja descoberta. “O importante é manter o monitoramento para que, caso isso ocorra, as medidas preventivas sejam tomadas para garantir a saúde da mãe e do bebê”, finaliza.

 

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Mais informações estão disponíveis no site www.cardioprime.med.br.

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