Quando pensamos em tarefa escolar, a imagem que surge é frequentemente a de uma criança…
Como conviver com a diversidade?
Segundo o IBGE, cerca de 6,7% da população brasileira têm alguma deficiência, visto que as escolas estão cada vez mais inclusivas, como conviver e aprender com a diversidade, bem como respeitá-la? Meu filho estuda em uma escola que é inclusiva tanto física quanto intelectualmente e isso nos faz conversar em casa, muitas vezes.
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Afinal de contas, no deparamos com pessoas com deficiências sensoriais e motoras, síndromes, altas habilidades/superdotação ou transtornos de desenvolvimento – e se não sabemos como devemos agir, podemos agir de forma errada pela falta de conhecimento.
O diretor editorial da Editora Positivo, Joseph Razouk Junior, coordenou um projeto que resultou no guia de acessibilidade “Hora de Incluir: primeiros passos para a inclusão no contexto educacional”. Muitas das dicas contidas no material podem ser aplicadas não apenas em sala de aula, mas no nosso dia a dia, uma vez que as instituições educacionais refletem a diversidade humana que existe na sociedade.
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Algumas das dicas abordadas:
- Cuidado: a palavra “especial” pode ser interpretada de maneira pejorativa devido ao senso comum que não reconhece a capacidade de pessoas com alguma diferença. Mas não se sinta constrangido ao falar que uma pessoa é cega, pois esse é um dos termos adequados para se referir às pessoas com essa deficiência. Utilizam-se hoje os termos “cego”, “pessoa cega”, “pessoa com deficiência visual” e “deficiente visual”. Já o termo “deficiência mental” não é mais utilizado desde 1995, sendo substituído por “deficiência intelectual”.
- Não confunda: atenção à pessoa com deficiência ou transtorno é diferente de superproteção, como se ela fosse extremamente frágil ou vulnerável. É importante não rotular a pessoa, não sentir pena dela, não impedir que interaja com os outros, nem torná–la vítima quando não conseguir realizar alguma atividade.
- Outra tendência não recomendável é colocá–la em uma situação de destaque exagerado, com privilégios e isenção de regras de bom comportamento, como se fosse um “herói da superação”. Essas formas de tratamento não trazem nenhum benefício à pessoa, somente a deixam marcada como mais diferente, criando dificuldades maiores para sua inclusão e seu desenvolvimento.
- Ao falar sobre a pessoa, converse diretamente com ela – e não se dirigindo à alguém da família ou acompanhante.
- Pergunte se a pessoa precisa de ajuda antes de ajudar.
- Cada um tem sua especificidade e sua forma de lidar com ela. Assim, não é errado dizer que você não sabe a melhor forma de ajudar ou pedir à pessoa que o oriente sobre como gostaria de ser ajudada.
- Nunca subestime a eficiência de uma pessoa com deficiência e nem superestime as dificuldades. Ter uma deficiência não faz com que a pessoa seja melhor ou pior, somente impõe a necessidade de algum tipo de adaptação.
- Respeite o tempo de falar da pessoa sem ficar interrompendo ou tentando adiantar a sua fala.
- Não se espante com a falta de um membro e/ou a falta de mobilidade. Evite focar as características que são consequência direta da deficiência e observe e valorize as potencialidades da pessoa.
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Como é para vocês abordarem esse assunto em casa? Seus filhos convivem com pessoas que têm alguma deficiência? Compartilhe conosco a sua experiência com a diversidade!
Sou uma mulher que acredita em Deus desde criança. Sempre sonhei em casar e ter filhos. Sou esposa e mãe, apaixonada por leitura e culinária. Founder do Mamãe & Cia.
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