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Alterações na pele são sinal de alerta para o surgimento de câncer

Assim como os demais órgãos do corpo humano, a pele necessita de cuidados especiais. Além de rugas e manchas, a exposição excessiva aos raios UV (ultravioleta) do sol é o grande fator de risco para o desenvolvimento do câncer nessa região.

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A precaução desde a infância diminui pela metade as chances de um tumor aparecer. Mesmo assim, muitas pessoas só se preocupam em aplicar o protetor solar no verão, o que, segundo a médica dermatologista Carolina Finardi Brümmer, é um erro. O uso precisa fazer parte da rotina, diariamente, com escolha de produtos com fator acima de 30, inclusive, em dias nublados ou chuvosos. Ela recomenda evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h e, quando se expor, preferir roupas compridas, de preferência, com proteção UV, além do uso de óculos e bonés.

O câncer de pele é o mais comum no Brasil, sendo o tipo não melanoma responsável por 33% de todos os tumores malignos mais diagnosticados. “A doença é causada por um crescimento anormal e descontrolado das células da pele. O câncer mais comum nessa região é o carcinoma basocelular, porém, é menos agressivo. Já o melanoma é o mais temido e menos frequente”, afirma.

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A dermatologista explica que ele representa cerca de 5% dos casos, porém, é o causador de 75% das mortes devido à doença. O tumor se desenvolve a partir dos melanócitos, que são células localizadas na camada mais profunda da epiderme. Essas células produzem a melanina, que atribui a cor para pele, cabelos e olhos, além de zelar pela proteção do DNA contra a radiação solar. “O melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, em um local que não apresentava lesão prévia ou em uma pinta que sofreu modificação. Tronco, membros e face são os lugares mais comuns. Entretanto, também pode ser encontrado nas mucosas e até genitais”, ressalta.

De acordo com a especialista, o desenvolvimento do melanoma é provocado, em 90% dos casos, pela exposição aos raios UV. Contudo, outros motivos podem favorecer o aparecimento, como possuir muitas pintas, histórico pessoal e familiar da doença e queimaduras solares na infância. Ter a pele e os olhos claros também influenciam para o surgimento do tumor.

Além disso, a atitude preventiva auxilia no tratamento precoce. “No início, as células do melanoma se encontram nas camadas mais superficiais da pele, facilitando a remoção cirúrgica. A chance de cura, quando diagnosticado no começo, é de 90%. Já em estágios mais avançados, o câncer está mais profundo, o que aumenta o risco de metástases, quando as células do melanoma atingem outros órgãos, como fígado, pulmão, osso e cérebro, diminuindo a chance de cura”, alerta.

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O tratamento para o melanoma é através da cirurgia, com a remoção cirúrgica da lesão e, após, com a realização de novo procedimento para diminuir a possibilidade de o tumor reaparecer no local. Em casos mais graves, pode ser necessária a remoção de linfonodos da região próxima ao câncer ou até quimioterapia, radioterapia ou uso de medicamentos que aumentem a imunidade e combatam as células cancerígenas.

As mudanças na aparência das pintas (nevos) podem representar evolução para melanoma. Por isso, é essencial que o paciente mantenha uma rotina de consulta médica anual. “Com o exame clínico e auxílio de exames que avaliam as pintas da pele é possível obter o diagnóstico. Há grandes chances de cura desse tipo de câncer quando diagnosticado e tratado no início. Procurar um dermatologista ao primeiro sinal de alteração na pele pode salvar a vida do paciente”, enfatiza.

Panorama da doença

O Brasil registra cerca de 180 mil novos casos da doença a cada ano, segundo dados da do INCA (Instituto Nacional do Câncer). Só na última década, o número de casos desse tipo de tumor cresceu 53%. Ele está mais presente nas regiões Sul e Sudeste do país, geralmente, em adultos.

Sobre a Dra. Carolina Brümmer

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É médica especializada em dermatologia graduada pela Universidade Federal de Santa Catarina. Realizou felowship em Dermatoscopia pela Universidade da Campania, na Itália. É sócia da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

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