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SOP, a síndrome que acomete Larissa Manoela, pode causar queda e afinamento dos cabelos

Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) pode levar à calvície feminina. Presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia explica os motivos

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Um dos sintomas da doença é a queda de cabelo ou o afinamento dos fios. Tratamento deve ser feito por equipe multidisciplinar, composta por ginecologista e médico e tricologista

 

A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é um conjunto de sinais e sintomas caracterizado pela ausência ou falha na menstruação, resistência à insulina, presença de pelos em locais onde eles não costumam ser comuns (como costas, peito e rosto), manchas escuras nas dobras das coxas, axilas e pescoço, ganho de peso, cistos nos ovários, acne e queda de cabelos, além do afinamento dos fios. A mulher pode ter alguns desses sintomas ao mesmo tempo.

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Somente no Brasil, cerca de três milhões de casos são confirmados anualmente. A queda de cabelo ou o afinamento dos fios pode ser tão grave na presença de SOP que pode levar à calvície feminina. O médico e tricologista Luciano Barsanti, presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia, explica por que isso pode acontecer. “A Síndrome dos Ovários Policísticos pode levar à calvície feminina principalmente se a paciente tem o gene da alopecia androgenética. Isso porque a doença age como um ‘gatilho’ da causa genética de calvície feminina, já que os microcistos (pequenas vesículas) que se formam na superfície dos ovários provocam um desequilíbrio hormonal importante, alterando os níveis de testosterona e DHT, a dihidrotestosterona, o andrógeno responsável pela calvície androgenética”, esclarece.

O médico completa dizendo que essas alterações acontecem por conta de uma maior absorção deste hormônio pelo folículo capilar, causando a miniaturização do fio, ou seja, o afinamento progressivo do cabelo, até chegar à calvície.

A manifestação clínica da calvície genética, desencadeada pela SOP, caracteriza-se pelo rareamento da coroa no couro cabeludo. “A risca do cabelo começa a ficar mais larga, aparecendo o couro cabeludo cada vez mais”, comenta Barsanti.

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O diagnóstico deste tipo de problema é feito pelo histórico da paciente, ultrassom de ovário e com exames tricológicos específicos, como o scanner de couro cabeludo e a microscopia de tela do bulbo capilar, onde é observada a atrofia da raiz do cabelo.

Para que seja possível realizar o tratamento, a paciente deverá contar com uma equipe multiprofissional, compreendida pelo ginecologista e pelo médico e tricologista. É importante que o diagnóstico seja feito o mais cedo possível, já que dessa forma a recuperação e a remissão dos sintomas serão mais efetivas.

Para o tratamento dos cabelos, Dr. Barsanti sempre aconselha que ele seja não-invasivo, com laserterapia e uso de produtos indicados por especialistas. Ele alerta para o perigo do uso do microagulhamento e de outros procedimentos que utilizam seringas e injeções. “Esses tratamentos podem ferir o couro cabeludo e causar infecções irreversíveis, são desaconselháveis”, finaliza.

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Dr. Luciano Barsanti, presidente da SBTri

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