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Realizar e executar planejamento que inclua toda a família é essencial para adquirir e manter hábitos saudáveis

Estudos realizados pelo Instituto de Saúde e Sociedade (ISS) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) vêm mostrando que os hábitos promotores de saúde entre crianças abaixo de 13 anos de idade se deterioraram durante a pandemia. As pesquisas identificaram que logo no primeiro mês de isolamento social houve uma queda vertiginosa no que se refere à realização de exercícios físicos pelos menos duas vezes por semana. Antes, 67,8% das crianças realizavam práticas de atividades físicas. O número caiu para 9,77% logo no primeiro mês que foram implementadas medidas para conter a propagação do vírus.

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O casal de médicos, Thanguy e Patrícia Friço, autores do livro “Pais Saudáveis = Filhos Saudáveis”, publicado pela Editora Gente, destaca que a atividade física – junto com a alimentação, sono e controle emocional – é um dos quatro elos da saúde, não apenas da saúde das crianças, mas de adultos, ou seja, da família como um todo. Nesse sentido, os dados coletados pela Unifesp são, para os médicos, motivos de muita preocupação. Para eles, a melhor maneira de reverter esse quadro é pais e filhos unirem forças para reforçarem cada um dos elos mencionados, tomando como ponto de partida a substituição de hábitos nocivos por hábitos saudáveis.

Thanguy e Patrícia sabem que, apesar da boa vontade, adquirir e manter hábitos saudáveis não é nada fácil, por isso destacam a importância da realização de um bom planejamento de saúde, que inclua toda a família. “Qualquer atividade humana realizada sem um tipo de preparo, de maneira aleatória, conduz o indivíduo, em geral, a destinos não esperados, que podem inclusive levar a situações piores do que aquelas anteriormente existentes”, dizem

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Assim, Thanguy e Patrícia oferecem alguns conselhos sobre planejamento a pais que desejam mudar a rotina de saúde da família, adquirindo hábitos mais saudáveis em relação à atividade física, sono, alimentação e controles das emoções, mas não sabem por onde começar. “O nosso planejamento de saúde deve ser feito através de um planejamento estratégico que deve ser compartilhado com nossos familiares, solicitando apoio para a sua concretização por meio de um plano de ação que envolva mudanças de hábitos de toda a família”, afirmam os médicos.

Dessa maneira, segundo Patrícia, o primeiro passo para colocar o planejamento em ação é definir e detalhar cada meta que o indivíduo ou toda a família pretende atingir em relação aos hábitos de saúde, estabelecer as atividades que serão realizadas e organizá-las. O segundo passo é motivacional. Os participantes do planejamento devem se perguntar por que desejam adquirir esses novos hábitos, para assim identificarem a verdadeira razão pelas quais desejam atingir a meta desejada. “A resposta para essa pergunta, muitas vezes, é a grande responsável para que o indivíduo persista no projeto”, diz o médico.

Suponhamos que o motivo para a adoção de novas práticas de saúde seja emagrecer. A definição do porquê ditará o terceiro passo a ser realizado durante o planejamento, que é estabelecer o que precisa ser feito para alcançar esse objetivo, quais atividades são necessárias e quais tarefas cada integrante da família precisa executar. A quarta etapa passa pela resposta de quem pode contribuir para a realização das tarefas. “Defina quem poderá ajudá-lo a conseguir realizar essas atividades. A participação de cada membro da família é muito importante, pois vão ajudar uns aos outros, evitando, por exemplo, colocar tentações no caminho, que façam algum membro da família desistir do objetivo final”, explica Patrícia.

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Os últimos passos do planejamento são mais logísticos, e, nesse sentido, são essenciais para que nenhum pequeno detalhe fuja do escopo, o que poderia ocasionar aquela pequena desculpa que todos buscam de forma inconsciente para desistir. Nesse sentido, conforme Thanguy, o quinto passo é determinar onde as atividades serão realizadas. Por sua vez, o sexto passo é quando serão levadas a cabo. “Aqui, defina a data e horário ou prazo de prazo para cada atividade e até mesmo para cada membro da família”, orienta Patrícia. O sétimo passo é estabelecer como cada atividade será executada. E o oitavo e último passo é quanto tempo, dinheiro e recursos serão dispendidos no processo.

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Para que o planejamento seja colocado em prática da melhor maneira possível, sem surpresas e solavancos, o casal de médicos sugere que ele seja realizado semanalmente, tendo um dia como referência, de preferência domingo. Além disso, segundo Thanguy e Patrícia Friço, o plano deve ser acompanhado diariamente, com revisões e ajustes sendo feitos sempre que necessários.

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