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Ômega 3: Mitos e verdades sobre o consumo na gestação

ômega 3 - mitos e verdades sobre o consumo na gravidez

Não é exagero afirmar que é preciso cuidar da saúde do bebê antes mesmo dele nascer. Os mil primeiros dias (gravidez + os primeiros dois anos de vida) são determinantes para o bom desenvolvimento do novo membro da família. E a placenta não é o limite entre o compartilhamento mamãe-bebê. O leite materno continua fazendo a função de enviar nutrientes imprescindíveis para a evolução saudável do pequeno seja ela física ou cognitiva.

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Para a Associação Brasileira de Nutrologia, a ingestão de ômega 3 – conjunto de gorduras, das quais fazem parte o EPA (ácido eicosapentaenóico) e o DHA (ácido docosahexaenoico) – durante a gravidez e o aleitamento traz benefícios como um desenvolvimento neurológico, visual e físico ao bebê.

E é do último trimestre de gestação aos dois primeiros anos de vida que o DHA é preferencialmente incorporado na composição cerebral e retiniana¹. Mas, você sabe de onde vem o ômega 3 ou quantidade e horário correto para o consumi-lo? Para sanar as principais dúvidas das mamães de primeira viagem, o Ginecologista e Obstetra Dr. Márcio Elias (CRM 82558 – SP) selecionou algumas curiosidades para testar seus conhecimentos e esclarecer dúvidas.

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Uma dieta rica em ômega 3 antes, durante e após gestação é essencial para desenvolver crianças saudáveis?  

VERDADE

A dieta materna composta por ômega 3, antes mesmo da concepção, é de grande importância, pois determina o tipo de ácido graxo que se acumulará no tecido fetal. O transporte dos ácidos graxos essenciais é realizado por meio da placenta e são depositados no cérebro e retina do feto, e este depósito ocorre principalmente no último trimestre de gestação.

Continuar suplementando ômega 3 durante a amamentação pode ajudar no desempenho escolar do meu filho ?

VERDADE

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O DHA é incorporado na composição cerebral durante a gestação e nos dois primeiros anos de vida. É neste período também que órgãos, tecidos e cérebro têm seu crescimento extremamente acelerado. O consumo materno de ômega 3, seja na forma de pescados e/ ou suplementação com óleo de peixe, é essencial para a formação da massa cinzenta e sistema nervoso central do bebê e beneficia a capacidade de aprendizagem e memorização das crianças¹.

 

Todas as fontes de ômega 3 são iguais?

MITO

Existem três tipos principais de gorduras de ômega 3, que variam em forma de estrutura, função e fonte. Os principais são ácido docosa-hexaenoico (DHA), ácido eicosapentanoico (EPA), encontrados em peixes de águas frias e profundas. Já o ácido alfa-linolênico (ALA) é derivado principalmente de sementes de linhaça, chia e nozes.  Fique atenta, ômega 3 à base de DHA e EPA são mais concentrados e as melhores opções!

Consumir peixe é a única maneira de suprir suas demandas de ômega 3 EPA e DHA?

MITO

A obtenção de DHA por ingestão de peixes ou pela suplementação com óleo de peixe in natura é um assunto muito discutido. A quantidade de DHA entre as espécies de peixe varia muito: para cada 100 g tem-se 0,12 g no filé de pescada frito; 0,45g na pescada branca frita; 0,36g na sardinha frita; 0,46g na sardinha enlatada em óleo; 0,05g na corvina assada e 0,05g no tubarão. Levando em consideração a dificuldade de inserir na alimentação a quantidade ideal de peixe, para suprir a necessidade do ômega 3 diárias, a suplementação por cápsulas pode ser uma ótima opção para o consumo dessa gordura do bem. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura sugere que a ingestão de até 3 gramas de ômega-3 por dia é seguro.

As melhores fontes de ômega 3 são originárias de peixes águas frias?

VERDADE

O ideal é que essas gorduras sejam consumidas de fonte de peixe de águas frias e profundas, como pescada branca ou suplementação que contêm a quantidade necessária para o consumo diário. Infelizmente, no Brasil os peixes são pobres em ômega 3, pois não temos as mesmas algas de que se alimentam os peixes de outros países.

Devo tomar a suplementação de ômega em um horário específico?

MITO

O consumo de ômega 3 deve ser sempre após refeições, independente do horário. Quando as cápsulas são ingeridas imediatamente após se alimentar, elas são melhores absorvidas pelo organismo.

A suplementação apresenta benefícios durante a infância e adolescência?

VERDADE

Sim. Desde o nascimento até o primeiro ano de vida há uma redução nos níveis de ômega-3 e 6 tanto em crianças em amamentação quanto as que usam fórmulas alimentares complementares². Assim, foi evidenciado que os ácidos graxos poliinsaturados são predominantemente fornecidos pelo leite materno e formulações durante o primeiro ano de vida. Porém, quando a criança cresce acaba necessitando de outras fontes para compensar a ausência do leite materno³. De acordo com as fortes correlações entre DHA e desenvolvimento neurocognitivo e visual,  recomenda-se uma dieta balanceada e, em caso de comprovada deficiência de ômega 3, seu consumo bem orientado é muito bem-vindo. (1)

 

E para a saúde da mamãe, ômega 3 é realmente benéfico para combater o colesterol?

VERDADE

Os ácidos graxos podem ajudar a trazer benefícios para a saúde da mamãe. O ômega 3 pode aumentar o colesterol HDL (fração do colesterol bom) e diminuir os triglicérides (principal gordura originária da alimentação) que em excesso pode causar doenças cardiovasculares entre outras. Aproveite para se cuidar também! (5)

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O ômega 3 da fórmula de Gestamax é procedente de anchovas das águas profundas e frias da costa peruana e possui a quantidade exata necessária para a suplementação de gestantes em apenas 2 cápsulas, mas claro, existem outras opções no mercado e espero que as informações desse texto, você possa cuidar ainda mais da sua saúde e de seu bebê.

 

Referências

  1. International Journal of Nutrology. http://abran.org.br/wp/wp-content/uploads/2014/10/2014-Consenso-DHA.pdf (acesso dezembro de 2018)
  2. Sanjurjo Crespo P, Trebolazabala Quirante N, Aldámiz-Echevarría Azuara L, Castaño González L, Prieto Perera JA, Andrade Lodeiro F. [n-3 and n-6 fatty acids in plasma at birth and one year of age and relationship with feeding] [Article in Spanish]. An Pediatr (Barc). 2008;68(6):570-5.
  3. Schwartz J, Dube K, Alexy U, Kalhoff H, Kersting M. PUFA and LC-PUFA intake during the first year of life: can dietary practice achieve a guideline diet? Eur J Clin Nutr. 2010;64(2):124-30.
  4. Fats and fatty acids in human nutrition Report of an expert consultation. Report of an expert consultation.10−14 November 2008 Geneva. FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS Rome, 2010. http://www.fao.org/3/a-i1953e.pdf
  5. Santos R.D., Gagliardi A.C.M., Xavier H.T., Magnoni C.D., Cassani R., Lottenberg A.M. et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz sobre o consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2013;100(1Supl.3):1-40.

 

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