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Obesidade afeta a vida sexual masculina

obesidade afeta vida sexual masculina

Homem não gosta muito de ir ao médico, normalmente é impulsionado pela esposa ou por uma necessidade. São brincalhões quando o assunto é o excesso de barriga. O aumento da obesidade transformou o problema em uma verdade epidemia mundial, sendo que os mais afetados são os homens.

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Dados atuais dão conta de que 700 milhões de pessoas ao redor do globo estão acima do peso. No Brasil, a briga com a balança atinge metade da população e o cenário também abre espaço para comorbidades, que acabam afetando a saúde, a longevidade e o bem-estar.  Quando começa a afetar a saúde e principalmente a vida sexual masculina é que os homens se sentem incomodados e decidem procurar um médico especialista.

A impotência sexual masculina ainda é ignorada pela maioria da pessoas como uma das consequências da obesidade. Conforme pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) cerca de 83% dos homens maduros, ou seja, com idade entre 50 e 70 anos, não relacionam a obesidade à disfunção erétil e, entre os mais jovens, entre 18 e 22 anos, o número sobe para 89%. Quando perguntados sobre o motivo do problema, apenas 17% credita à obesidade, enquanto que 20% culpa o estresse e o excesso de trabalho.

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O desconhecimento, segundo o médico urologista Raphael Lahr, prejudica ainda mais a saúde masculina, já que os cuidados são protelados. Ele explica que a gordura localizada, sobretudo na barriga, aumenta a produção de uma série de hormônios, entre eles, os estrogênios. “Essas alterações provocam mudanças significativas no organismo, como a baixa concentração de testosterona no sangue, ocasionando em uma série de desajustes fisiológicos, incluindo a temida diminuição da libido masculina”, aponta.

Hipogonadismo

Se não tratada a tempo, a disfunção erétil tende a se agravar. Isso porque, homens maduros produzem menos testosterona, consolidando uma condição chamada de hipogonadismo. Além do comprometimento da atividade sexual, a tendência é que sejam diagnosticadas também alterações nos ossos, na memória, nos músculos, no metabolismo e até mesmo no estado psicológico do paciente. “Com o avanço da idade, a função de produção de testosterona pelos testículos declina progressivamente. Não é raro encontrar casos de depressão relacionados a esse desequilíbrio hormonal”, relata.

A obesidade pode afetar a fertilidade masculina?

Sim. Nos homens obesos, há uma maior produção de estrogênios (hormônio feminino) por parte do tecido adiposo (gorduroso) e isso leva à uma diminuição dos níveis de testosterona. Com essa alteração nas taxas hormonais, há uma alteração no controle do eixo neuroendócrino, acarretando diminuição na produção e qualidade dos espermatozoides (espermatogênese).

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Cientificamente falando, acredita-se que o aumento dos níveis de estrogênio nos homens obesos se deva a uma maior taxa de conversão de androgénios em estrogénios, em resultado do aumento do tecido adiposo e, consequente, maior disponibilidade da enzima aromatase. O médico urologista explica que em comparação com os androgénios, nomeadamente a testosterona, o estrogênio é biologicamente mais ativo, mesmo em concentrações baixas, apresentando atividade biológica significativa a nível do hipotálamo e hipófise. Assim, uma pequena mudança nos níveis de estrogênio circulante pode conduzir a uma alteração substancial nos mecanismos de regulação do eixo HHG, com reforço do feedback negativo na secreção da hormona libertadora de gonodotrofinas (GnRH) pelo hipotálamo e da FSH e LH pela hipófise, com efeitos negativos diretos no perfil hormonal e, consequentemente, na espermatogénese.

 

A maneira mais eficiente de evitar e combater a queda da testosterona, segundo o médico, é manter uma vida saudável, com alimentação regular, prática de atividades físicas e controle do ganho de peso. “Estar obeso também pode desencadear doenças cardiovasculares e diabetes, além de prejudicar diretamente a qualidade de vida, com a sensação constante de perda de energia”, alerta.

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