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Baby Blues x Depressão Pós Parto

baby blues - mãe cansada

A gravidez e o puerpério são considerados “períodos potenciais de crise”, ou seja, por si só podem desencadear adoecimentos de ordem mental. Normalmente os sintomas aparecem na gestação e se não forem bem resolvidos permanecem durante o puerpério. Mulheres com episódios anteriores, têm maior chance de reincidência. Os dois quadros mais importantes, e mais conhecidos, são o Baby Blues e a Depressão Pós Parto.

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Baby Blues

A disforia puerperal, mais conhecida como “Baby Blues”, acomete cerca de 80% das puérperas. Tem início entre o 3º e 10º dia do pós parto e é de duração curta, em média 45 dias. Apesar de bastante comum e “passageiro”, o Baby Blues é um fator de risco para Depressão Pós Parto, ou seja, pode evoluir para um quadro mais duradouro, intenso e grave.

Neste período a mulher apresenta uma instabilidade emocional, alternando períodos de imensa alegria com momentos de muita tristeza, de choro intenso e por vezes sem motivo. Ela apresenta sentimentos que oscilam entre o amor incondicional pelo bebê até sentimentos de culpa e vontade de largar tudo e fugir. Por vezes ela pode apresentar uma preocupação excessiva com a saúde do bebê. A recém mãe se encontra facilmente irritável e inquieta. As causas estão relacionadas às alterações hormonais do pós-parto – como a queda abrupta na produção de estrógeno e progesterona – aliados à toda adaptação ao bebê real (que é sempre diferente do idealizado na gestação), acentuados pela cobrança da sociedade de uma maternidade também idealizada.

É um quadro frequente e de certa forma, esperado. Laura Gutman diz que é normal que as mães “enlouqueçam” um pouco, porque só assim elas estariam livres para adentrar o universo emocional e visceral da maternidade. Uma rede de apoio presente, disponível, sem intromissão, e uma escuta amorosa, livre de julgamentos, são importantes para auxiliar a mulher nesse período adaptativo.

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Depressão Pós Parto

A Depressão Pós Parto acomete cerca de 25% das puérperas, mas apenas 7% delas não apresentaram nenhum sintoma pré-parto. Tem seu início reconhecido após 45 dias do nascimento do bebê, uma vez que os sintomas antes deste período podem ser considerados como parte do Baby Blues. É de ordem subjetiva, mas sempre tem seu gatilho em algo relacionado à maternidade: expectativas frustradas com relação ao parto e/ou à amamentação; violência obstétrica; quadro depressivo anterior; mudanças e instabilidades nas demais áreas da vida – relação com o cônjuge, retorno ao trabalho ou à faculdade.

Os sintomas incluem choro frequente, tristeza profunda e constante, baixa autoestima, cansaço extremo, falta de prazer nas atividades diárias, medo, sentimento de culpa e de incapacidade, além de alterações no apetite. Atenção! A rejeição ao bebê normalmente só está presente nos quadros mais graves! A mãe pode amar e cuidar do bebê muito bem, e ainda assim estar num quadro de depressão pós-parto. A Depressão Pós Parto interfere diretamente e negativamente na relação mãe-bebê, além de potencializar dificuldades no desenvolvimento neurológico e psíquico da criança. Entretanto seu diagnóstico ainda é tardio e muitos quadros são negligenciados.

 

Fatores de risco

Há alguns fatores que podem conduzir a algum quadro de adoecimento mental relacionados à maternidade:

  • Ser mãe de primeira viagem ou mãe solteira;
  • Relacionamento conjugal instável;
  • Evento estressor recente (perda de emprego, morte de algum familiar, acidente)
  • Falta de apoio da família
  • Histórico pessoal ou familiar de doença psiquiátrica / psicológica (principalmente a existência de episódios depressivos anteriores)

 

Se você se encontra em algum destes fatores de risco ou percebeu algum desses sintomas, procure ajuda!

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Se você percebeu esses sintomas em alguma recém-mãe no seu círculo de amigos, indique que ela procure ajuda profissional!

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