Doenças graves levam mulheres a morar por meses em UTIs e aprender a viver em…
Autoconfiança materna – Um caminho de aprendizagem
Da primeira vez que recebi o convite para escrever para o Blog Mamãe & Cia, recusei. Eu, mãe de primeira viagem de um menino lindo que na época tinha 8 meses – que não dormia direito, nem de dia e muito menos a noite – mãe que ainda não havia retornado ao mercado de trabalho, me sentia insegura em escrever sobre algo que nem eu estava dando conta, na maior parte do tempo: a maternidade. Eu ainda estava no “olho do furacão”, com a autoconfiança materna ainda abalada, era difícil pensar em falar sobre isso para outras pessoas sendo que eu não sentia segurança nas minhas próprias escolhas e experiências.
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Como isso é comum, não é? Nos tornamos mães e junto com o bebê rosadinho e fofinho que recebemos ao colo, nasce um sentimento que é um misto de insegurança e culpa.
Por mais que tenhamos estudado e nos preparado durante a gravidez, quando carregamos nossos filhos no colo pela primeira vez e nas vezes seguintes, nos questionamos se estamos fazendo o certo, se estamos fazendo o melhor para eles. E é interessante perceber que esse movimento estará presente por toda a vida dos nossos pequenos. O que muda é a nossa força, a nossa postura, a nossa autoconfiança materna frente às escolhas e decisões.
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Hoje, meu filho está com 1 ano e 10 meses. Nosso processo de “separação” começou em fevereiro, quando ele entrou na escolinha. Se intensificou quando comecei um perfil profissional no Instagram para escrever sobre minhas experiências e como eu poderia relacionar a minha prática, enquanto Psicóloga, com a maternidade, e foi reforçado quando voltei a atender em consultório há três meses.
Se eu ainda me culpo? Com certeza! Mas retomar às minhas atividades fora do escopo da maternidade, só me fortaleceu ainda mais! Hoje percebo que a segurança que eu precisava sentir veio justamente das experiências pelas quais me permiti passar!
Sou mãe, esposa, profissional, amiga, filha, irmã. Claro que conciliar todos esses papéis não é tarefa fácil – nunca foi, nem nunca será – mas é possível! À medida que nos tornamos mais seguros de quem somos e de que fazemos escolhas possíveis com a realidade que temos, podemos nos fortalecer para encarar os desafios que aparecerão pela frente.
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Contar com um companheiro parceiro, uma família amorosa, amigos queridos – ou seja, uma rede de apoio presente – deixam esse processo mais leve, mas ainda assim, o processo é unicamente nosso: da mulher que se tornou mãe, mas que não se resume a esse papel e assim vai aprendendo a exercer a autoconfiança materna, um caminho de eterno aprendizado.
Mãe do Benjamin e esposa do Sérgio. Psicóloga, apaixonada pela maternidade!
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