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Os sonhos dos pais, nem sempre são os dos filhos…

A vida é maravilhosa mesmo, ela nos apresenta pessoas que fazem diferença, acrescentam ideias e modificam paradigmas. Pessoas que mesmo distantes fisicamente, o mundo virtual aproxima. Silvia Duque é uma dessas pessoas que fazem diferença, amiga de Twitter passou a fazer parte do meu dia-a-dia, comentando no blog e trocando diversos emails sobre os assuntos que relacionamos aqui nesse cantinho especial. E é com muito prazer que eu a convidei pra acrescentar suas ideias… espero que vocês também curtam!!!

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Durante a minha gravidez, creio que principalmente por ser o meu primeiro filho, tentei-me cercar da maior quantidade possível de informações. Não só sobre a gestação, mas também quanto aos anos vindouros, o que de certo modo era previsível para uma pessoa ansiosa como eu.

Um dos livros que li foi “Sob Pressão – Nenhuma criança merece superpais”, de Carl Honoré.

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O título mexeu comigo. Primeiro, quanto ao meu passado, por ter estudado em escolas rígidas, tendo a obrigação de tirar notas máximas sempre (afinal, “era minha profissão estudar e eu não fazia nada além disso”) e, segundo, pelo que tenho observado dos meus amigos que são pais de crianças um pouco maiores que o meu filho (que acabou de completar dois anos) que tem uma rotina exaustiva: escola, inglês, piano, judô, aula de reforço (que muitas vezes nem precisa, mas porque todos os coleguinhas vão e é a instituição da moda).

Confesso que, antes do meu filho nascer, sonhava com as inúmeras oportunidades que não tive e queria lhe proporcionar. Curso disso daquilo e até já sonhei com uma universidade na Europa. Mas agora comecei a colocar o pé no freio, desacelerar e deixar de querer viver no meu filho aquilo que não vivi.

Com o livro acabei me colocando como mãe que deve proporcionar as oportunidades, mas não a de obrigá-lo a vivenciar e experimentar todas.

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Lembrei-me de um episódio interessante no colegial. Eu tirava notas excelentes em Química, o que fez com que a direção da escola quisesse me matricular nas olimpíadas estaduais de Química. Recusei o convite. Não porque não me achasse capaz, mesmo sabendo que traria frustração ao meu pai por não trazer mais um troféu pra casa. Mas porque eu não podia perder o foco: se eu queria fazer Direito, porque perder tempo e energia com uma área na qual eu não mais atuaria depois da conclusão do Ensino Médio?

Da minha própria experiência e da leitura da obra de Carl Honoré, ficou-me o desafio de escolher o caminho do meio (influência de mais um livro, agora de Lou Marinoff): não deixar de proporcionar ao meu filho uma educação de qualidade e oportunidades, mas deixá-lo escolher e, quando errar, acolhê-lo, deixá-lo começar novamente com entusiasmo. Afinal, não é assim conosco, um recomeço a cada dia com inúmeras possibilidades?

Um abraço,

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Da mãe do Heitor.

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