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Teste do Pezinho – A saúde do seu bebê

teste do pezinho

O teste do pezinho é uma maneira de conhecer o organismo do bebê e verificar se existem algumas doenças que podem comprometer o seu desenvolvimento normal. O bebê pode estar com aparência e comportamento normais nesta fase da vida, porém estar acometido de alguma doença que irá se manifestar mais tarde, ocasionando sérios danos a sua saúde.

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Esse teste faz parte da triagem neonatal e tem como objetivo diagnosticar e tratar precocemente doenças que podem causar deficiência intelectual, entre outros danos à saúde do bebê, se não forem tratadas desde os seus primeiros dias de vida.

Como o teste do pezinho é realizado?

É um procedimento simples e que não traz riscos para a criança. São coletadas gotas de sangue do calcanhar (daí o nome do teste) e colocadas sobre um papel filtro. Pode, também, ser coletada sangue da veia.
O período ideal para coletar o sangue é a partir do 3º dia de vida. No caso de prematuros as amostras devem se obtidas após 5 dias de vida. O importante é que já tenham decorrido, pelo menos, 24 horas depois da primeira mamada. Embora esse exame possa ser feito em qualquer idade, não é recomendável depois do 3º mês, porque alguns testes não são aplicáveis após essa idade.

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Quais doenças são pesquisadas?

É possível a pesquisa de um grande número de doenças. A pesquisa de algumas doenças é, inclusive, obrigatória por força de lei, como é o caso da fenilcetonúria, hipotiroidismo congênito e hemoglobinopatias.

Teste do pezinho simples: os exames são efetuados neste grupo são: PKU, cromatografia de aminoácidos, estudo das hemoglobinas, TSH, T4, 17-OH-progesterona e ITR.

As doenças rastreadas pelo teste do pezinho

O Teste do Pezinho foi trazido ao Brasil pela APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) em 1976. E passou a ser parte da triagem neonatal em 1992, sendo obrigatório e gratuito no país. Atualmente, a versão básica do teste, oferecida na rede pública de saúde de todo o país, detecta seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita e a deficiência de biotinidase.

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Fenilcetonúria:

A Fenilcetonúria é caracterizada pela ausência ou pelo mau funcionamento de uma enzima presente no fígado, responsável pela transformação da fenilalanina, contida nos alimentos, em tirosina. A origem da Fenilcetonúria é genética. Seu tratamento deve ser iniciado imediatamente após a confirmação do diagnóstico e consiste em uma dieta com restrição na quantidade de fenilalanina.

Sinais e sintomas da doença não tratada: vômito, eczemas, dermatites, odor característico na urina e suor, despigmentação da pele, irritabilidade, choro frequente, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, convulsões e atraso intelectual.

Hipotiroidismo Congênito:

O Hipotireoidismo Congênito é uma patologia causada pela falta de produção total ou parcial dos hormônios tireoidianos, fundamentais para o desenvolvimento normal do cérebro. De modo geral, não é de causa hereditária. Seu tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível e consiste na reposição dos hormônios tireoidianos, evitando a deficiência intelectual. Atinge 1/4000 crianças

Sinais e sintomas da doença não tratada: icterícia prolongada, hérnia umbilical, obstipação, hipoatividade, dificuldade de sucção, choro rouco, fontanelas amplas, problemas de alimentação, manisfestações cardíacas e deficiência intelectual.

 

 

Hiperplasia Adrenal Congênita

A Hiperplasia Adrenal Congênita é uma doença de origem genética caracterizada pela deficiência em maior ou menor intensidade de enzima envolvida na fabricação de hormônios da adrenal. Este defeito provoca sintomas devido ao excesso de hormônios masculinos e também devido à falta dos hormônios cortisol e/ou aldosterona, levando à crise de insuficiência adrenal.

Seu tratamento é feito com reposição dos hormônios da adrenal e de sódio, de forma endovenosa na crise e via oral na manutenção.

Sinais e sintomas da doença não tratada: vômitos, diarréia, perda de peso, desidratação com perda de sódio e excesso de potássio, hipotensão, choque e até óbito; genitália ambígua nas meninas, puberdade precoce em meninos e meninas, avanço da idade óssea e baixa estatura final.

Deficiência de Biotinidase

A Deficiência da Biotinidase é uma doença genética, causada pela ausência ou inatividade da enzima biotinidase. Essa enzima é responsável por liberar a vitamina biotina presente nos alimentos, permitindo a sua absorção pelo intestino. A biotina, por sua vez, age na transformação de outras substâncias essenciais ao funcionamento das células cerebrais. Na falta da biotinidase, a biotina não é liberada para o organismo podendo ocasionar consequências graves como a deficiência intelectual.

Os sintomas da DB podem ser totalmente evitados por meio do diagnóstico precoce e do tratamento adequado, que consiste simplesmente na administração de 5 a 20 mg de biotina ao dia.

Sinais e sintomas da doença não tratada: convulsões, atraso no desenvolvimento global, perda auditiva, problemas respiratórios, problemas de pele como eczemas e predisposição a infecções, dificuldade para alimentação, deficiência intelectual.

Fibrose Cística

A Fibrose Cística, também conhecida como mucoviscidose, é uma doença crônica, transmitida geneticamente e mais comum nas pessoas da raça branca. Ocorre por uma disfunção das glândulas secretoras do corpo, afetando pulmões, pâncreas, fígado, sistema digestivo e reprodutor. O portador de fibrose cística produz um muco viscoso que causa obstrução dos pulmões e no sistema digestivo, tornando difícil a respiração e a absorção dos alimentos.

O tratamento para FC ocorre no sentido de melhorar a qualidade de vida do paciente. Consiste em uma dieta livre, sem restrição de gorduras e com acréscimo de sal. As recomendações variam de 120 a 150% do RDA (recomendações diárias) para uma criança do mesmo sexo e idade. Quando o paciente não consegue ingerir as calorias alimentares suficientes, a dieta é complementada com suplementos alimentares orais.

Hemoglobinopatias

As Hemoglobinopatias são doenças genéticas, causadas por um defeito na estrutura ou na formação da hemoglobina, molécula presente nos glóbulos vermelhos do sangue. A mais comum entre as diferentes hemoglobinopatias é a Anemia Falciforme, cujos glóbulos vermelhos adquirem a forma de foice ou meia lua. Estas células tornam-se rígidas, tendem a se agrupar e podem obstruir pequenos vasos sanguíneos dificultando a circulação do sangue e lesionando órgãos como o cérebro, pulmões, rins e outros.

Ainda não há cura para as Hemoglobinopatias. O tratamento, porém, aumenta, significativamente, a qualidade e o tempo de vida do paciente. Entre as orientações no caso de pacientes com Anemia Falciforme estão: o uso de ácido fólico e vitaminas do Complexo B, pela necessidade de produção maior de glóbulos vermelhos; e a ingestão de líquidos para auxiliar na diluição do sangue e na reversão da aglutinação das células falciformes.

Sinais e sintomas da doença não tratada: anemia crônica; crises dolorosas associadas ou não a infecções, exposições ao frio, esforços; palidez; cansaço fácil; icterícia; úlceras nas pernas; infecções e enfartes pulmonares; retardo do crescimento e maturação sexual; acidente vascular cerebral e comprometimento crônico de múltiplos órgãos, sistemas ou aparelhos; inflamação nos dedos e priapismo. Fonte: Saúde atual

O resultado deste teste é definitivo?

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Não. Estes testes são de rastreio. Os resultados suspeitos ou anormais devem ser complementados por outros mais acurados, sendo freqüente haver a necessidade da coleta de mais material para complementar ou para confirmar alguns dos exames do teste do pezinho. Converse com seu pediatra. Ele poderá fornecer maiores informações. Fonte: Instituto de Análises Clínicas de Santos ( IACS)

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